2013 / Tema 08
Anticoncepção Reversível de Longa Duração ( Long Acting Reversible Contraception )
- Os contraceptivos de longa duração (LARC), representados pelos dispositivos intrauterinos medicados com cobre, pelo dispositivo liberador de levonogestrel e implante subdérmico de etonogestrel, devem ter seu uso considerado entre as opções contraceptivas, por configurarem métodos eficazes e seguros (A).
- A opção entre os dispositivos medicados por cobre ou liberador de levonogestrel não deve ser baseada apenas na eficácia ou na satisfação, já que são equivalentes (A).
- Na escolha do método contraceptivo, deve-se levar em conta que os LARC possuem eficácia contraceptiva semelhante no uso “típico” e no “perfeito”, algo que não ocorre com os anticoncepcionais hormonais orais, adesivo transdérmico e anel vaginal (B). Deve-se considerar também que aqueles apresentam menor taxa de descontinuidade, se comparados a estes últimos (B).
- Os LARC podem evoluir com alteração do padrão menstrual (B), fato que deve ser previamente esclarecido, visto que costuma ser imprevisível e constituir motivo de descontinuação (C).
- Os dispositivos uterinos não provocam aumento da possibilidade de doença inflamatória pélvica (B), mas não são recomendados para mulheres com risco prévio de infecções do trato genital (C).
- Os dispositivos uterinos podem ser oferecidos a mulheres com história prévia de gravidez ectópica (B).
- A inserção de dispositivos uterinos de maneira imediata ou após quatro semanas do parto é considerada eficaz e segura (A).
- O DIU-LNG e o implante de etonogestrel podem ser oferecidos para lactantes (B), embora não se preconize sua inserção nas primeiras semanas pós-parto, devido aos efeitos teóricos do progestagênio na produção de leite, no crescimento e desenvolvimento do lactente (D).
- A utilização dos LARC após o aborto não infectado é considerada eficaz e segura (B).
- A fixação imediata do DIU no pós-aborto apresenta maior chance de expulsão (B).
- Os LARC podem ser oferecidos para adolescentes e nulíparas (C).
- Os LARC não apresentam risco aumentado de TEV em relação a não usuárias de contraceptivos (B).