Síndrome HELLP
#ExaMina
São Paulo, 24 de fevereiro de 2025.
Síndrome HELLP
É uma das formas mais graves que acometem pacientes com síndromes hipertensivas, em específico pacientes com pré-eclâmpsia. O termo HELLP é um acrônimo que representa H (hemólise), EL (elevação de enzimas hepáticas) e LP (redução nas plaquetas).
Após o diagnóstico da pré-eclâmpsia, as gestantes são internadas e os exames para síndrome HELLP geralmente são feitos periodicamente. Por ser considerada uma situação ameaçadora a vida da mãe, quando presente a síndrome HELLP, a gestação deve ser interrompida, independentemente da idade gestacional. Eventualmente, dentro de um cenário de estabilidade, pode-se aguardar 1 ou 2 dias para realização de corticoterapia antenatal e eventual transferência para centro de maior complexidade.
O melhor parto para pacientes com síndrome HELLP é o parto normal, e quando a situação for favorável, deve ser estimulado.
Importante citar que alterações progressivas nos exames, como plaquetas, transaminases (TGO,TGP), creatinina, desidrogenase láctea, haptoglobina, entre outros, já sinalizam uma piora no quadro e geralmente conduzem a paciente para o parto, não necessitando aguardar a evolução para HELLP, para se determinar o nascimento.
Do ponto de vista de longo prazo, é relevante dizer que pacientes que desenvolvem síndrome HELLP, possuem risco elevado de recorrência em nova gestação e riscos maiores de desenvolvimento de doenças cardiovasculares no futuro, devendo ser orientada e seguir com avaliações periódicas ao longo da vida.
Henri Augusto Korkes
CRM 124803 – RQE 72918
Mestre e Doutor em Ciências pela Unifesp
PhD pela Harvard Medical School – PhD Program / Sandwich
Coordenador Acadêmico da Obstetrícia e Chefe do Departamento de Reprodução Humana e Infância da FCMS/PUC-SP
Membro da Rede Brasileira de Estudos sobre Hipertensão na Gravidez
Membro da Comissão Nacional Especializada em Hipertensão da Febrasgo
Presidente da Sogesp Sorocaba e Vale do Ribeira
Professor de pós-graduação do Grupo Santa Joana – SP